Incontinência urinária pode levar ao isolamento social
Mais do que um problema físico, a perda incontrolável de urina, ou incontinência urinária, também pode apresentar graves consequências emocionais. É uma condição considerada como um sinal e um sintoma, e que leva à perda da autoestima, vergonha e até ao isolamento social, devendo ser investigada e tratada o mais breve possível, alerta o urologista Anoar Samad.
Membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Samad explica que a perda do controle urinário é uma condição que afeta milhões de pessoas, sendo mais comum entre as mulheres, mas não é normal em nenhuma idade, devendo sempre ser investigada e tratada corretamente.
Condição afeta homens e mulheres
De acordo com ele, 30% das mulheres com 50 anos e 35% das mulheres após a menopausa sofrem de incontinência urinária ao fazer algum esforço e 40% das mulheres gestantes vão apresentar um ou mais episódios de incontinência urinária durante a gestação ou logo após o parto. “Entre os homens, cerca de 5% dos submetidos à cirurgia para retirada da próstata também podem apresentar o problema”, afirmou.
Tipos mais comuns
Entre os tipos de incontinência urinária, Samad destaca os mais comuns: de esforço, de urgência e mista (um mix dos dois). O primeiro, como o nome já diz, é quando ocorre perda de urina ao esforço (tosse, riso e espirro). O segundo tipo, ocorre quando a pessoa tem uma vontade muito grande de urinar, ocasionando a ida imediata ao banheiro. “Nesse caso, principalmente, as mulheres começam a andar de fraldas, absorventes, evitam eventos sociais, porque precisam ir o tempo todo ao banheiro, ficam com vergonha e acabam se isolando”, ressaltou.
Segundo o especialista, a doença pode prejudicar o dia a dia das pessoas, fazendo com que elas evitem as atividades físicas e até mesmo o ato sexual. Em alguns casos, a pessoa com incontinência urinária precisa levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro e chega até a molhar a cama. “Isso acaba ocasionando um problema social e de higiene”.
A incontinência urinária pode ser temporária devido a infecções urinárias e/ou ginecológicas, prisão de ventre, medicamentos, diabetes mal controladas, entre outros. Já as condições persistentes podem ser por AVC (derrame), doença de Parkinson, retenção urinária, diminuição do tamanho da bexiga, entre outros.
“O primeiro passo para se chegar a um diagnóstico exato da causa da incontinência urinária é a realização de uma história e um exame físico bem feitos. Caso estes deixem dúvidas, lança-se mão de exames complementares, de laboratório, ultrassom ou raio x e estudo urodinâmico”, afirmou.
Tratamento:
O tratamento da incontinência urinária depende da causa de base, sendo que mais de 30% destas melhoram com orientações e medicamentos. No restante, o tratamento é cirúrgico, mas existem várias técnicas eficientes e que se ajustam às diferentes situações.
Ainda de acordo com Samad, a incontinência urinária, apesar de não parecer, é uma condição extremamente degradante para quem a possui, não devendo jamais ser considerada uma consequência natural da idade. “Nestas situações, procure um urologista, pois ele estará apto a diagnosticá-la e, por conseguinte, tratá-la adequadamente”.
Sobre o urologista:
Anoar Samad tem mais de 23 anos de experiência na área e reconhecimento internacional por sua atuação no Amazonas, tendo realizado cirurgias pioneiras no Estado como a cirurgia de câncer de próstata, conhecida como Prostatectomia radical, cirurgia de SLING Spark para tratar incontinência urinária feminina e a cirurgia de retirada da bexiga e confecção de uma outra nova para tratar câncer de Bexiga.
Formado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), possui mestrado de Urologia na Espanha (1995) e coordenou a disciplina de Urologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Por mais de 15 anos, exerceu o cardo de médico especialista da Fundação Centro de controle de Oncologia do Amazonas (FCecon).
Mais informações podem ser obtidas através dos números: 92 3633-8671 / 3633-6231 ou pelo site.
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